Brasil: centrais sindicais convocam greve geral para 11 de novembro
por Brasil de Fato, 20-10-2016
Representantes dos trabalhadores fazem oposição às reformas propostas pelo governo de Michel Temer.
Em oposição à reforma da Previdência, à reforma trabalhista e à PEC 241, as oito centrais sindicais definiram nesta quarta-feira (19) uma data para a greve geral: 11 de novembro. A ideia é que, neste dia, as categorias façam paralisações totais ou parciais, ou seja, de pelo menos hora.
O ato fará parte da Jornada de Lutas Contra a Retirada de Direitos no país, um calendário nacional de mobilização e paralisações contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer, elaborado em reunião na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Também estavam presentes a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Conlutas, a Força Sindical, a Intersindical, a Nova Central e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Já na próxima segunda-feira (24), haverá um ato em Brasília contra a PEC 241, que deve ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados no mesmo dia.
Pauta
As organizações são contra a reforma da Previdência, que quer estabelecer a idade mínima de 65 anos para aposentadoria e equiparar as regras de homens e mulheres. Também são contra a reforma trabalhista que flexibilizaria a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e faria com que o negociado entre patrão e empregado prevalecesse sobre o legislado.
Além disso, protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos dos serviços públicos pelos próximos 20 anos.
Repercussão
Após as mobilizações do dia 11 de novembro, as centrais sindicais voltarão a se reunir para definir os detalhes sobre os atos do dia 25 de novembro. Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, o que não muda são os propósitos finais da agenda de lutas.
“Será uma jornada de acúmulo de forças, estaremos nas ruas dia 11 e 25 e seguir caminhando rumo à greve geral, se os governantes não entenderem que não podem retirar os direitos da classe trabalhadora”, encerrou Freitas.
Edição: Camila Rodrigues da Silva